quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O mundo do crack não compensa

O crack é um entorpecente altamente perigoso, que chegou ao Brasil no final do século passado, primeiramente, entre os moradores de rua das grandes cidades do país. E, em pouco tempo, se espalhou rapidamente entre a classe média, em função do preço acessível e do alto poder alucinógeno.

Como o crack é derivado da cocaína e é fumado, os efeitos da droga chegam muito rapidamente ao cérebro, provocando uma dependência também muito mais rápida e perigosa entre os usuários. Com isso, o avanço do crack tem tirado o sono de muitos pais e educadores por causa do grande número de jovens usuários do entorpecente. Como o usuário de crack se torna dependente da droga muito rápido, em pouco tempo, os usuários acabam desestruturando suas vidas e a de seus familiares. Desesperados, pais e educadores ficam sem saber com o agir.

Contra as drogas, os pais precisam reunir forças para encontrar a melhor forma de dialogar com os seus filhos sobre o tema. É um momento difícil e complicado, mas muito necessário. Aqui, prevenir também é um grande remédio e aliado na luta contra as drogas.

Esperar o problema aparecer em casa ou na escola para falar sobre o assunto é um perigo que deve ser evitado. Se você quer realmente afastar o perigo das drogas, converse com os seus filhos a respeito. Leia, se informe, pergunte o que eles querem saber sobre as drogas. Fale você sobre os riscos do consumo de entorpecentes. Mostre a eles o quanto as drogas são prejudiciais para uma vida saudável e feliz.

A mesma coisa deve acontecer nas escolas. Professores, pais e a comunidade também devem se unir no combate às drogas. Façam palestras, cursos e seminários e convidem especialistas para falar com os alunos sobre o assunto. Nada melhor do que pessoas preparadas para falar de forma clara e transparente sobre drogas com os jovens.

A escola pode perfeitamente criar o espaço ideal para trazer informações e conhecimento sobre o consumo de entorpecentes e seus efeitos maléficos. Outra idéia bacana e que funciona é utilizar a arte para tocar no assunto, como peças de teatro e jogos educativos.

É natural que jovens e adolescentes sejam bastante curiosos, além disso, o tema está frequentemente na mídia, no cinema, nas rodinhas com os amigos. Por isso, unir forças e se antecipar são fundamentais na luta contra as drogas. Ainda mais hoje que a informação circula numa velocidade imensa, em função das novas tecnologias da comunicação, a Internet, por exemplo.

Por isso, mostre ao seu filho que o mundo dos entorpecentes é cheio de riscos, não tem nada de glamour e, definitivamente, não vale a pena. Não tocar no assunto é o pior dos caminhos e isso abre as portas para a curiosidade dos jovens sobre as drogas. Enfrentar essa batalha depende de nós! Para saber mais: Cebrid – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas

Por Ana Claudia Martins
Jornalista, mestre em Comunicação e Cultura e Psicanalista em formação.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O que será que acontece no mundo do trabalho?

Notícias publicadas recentemente dão a dimensão que o stress no trabalho vem ganhando na vida das pessoas. Uma delas vem do estado americano de Connecticut, onde fica a terceira instituição de ensino superior mais antiga dos Estados Unidos, a Universidade Yale. O nome da universidade ocupou as manchetes por causa da morte por estrangulamento, no dia 8 de setembro, da estudante Annie M. Le, de 24 anos. O corpo de Annie foi encontrado em um canto escondido no laboratório de tecnologia da universidade no domingo (13), quase uma semana após sua morte. Na quinta-feira passada, o técnico de laboratório Raymond Clark compareceu à corte judicial de New Haven, onde foi acusado pelo assassinato. O mais curioso, no entanto, foi a interpretação e posterior declaração à imprensa do delegado chefe, James Lewis: “É importante observar que este caso não se trata de um crime urbano, nem de um crime universitário ou doméstico, mas é uma questão de violência no trabalho, que está se tornando uma preocupação crescente no país”.

Também na semana passada, Didier Lombard, o executivo chefe da France Télécom, a maior empresa telefônica da França, foi chamado ao gabinete do ministro do trabalho Xavier Darcos para explicar porque 23 funcionários da empresa cometeram suicídio nos últimos 18 meses. O último corpo encontrado na France Télécom foi o do funcionário Michel Deparis, de 53 anos, no dia 14 de julho. Ao lado do corpo havia um bilhete em que Michel afirmava que a razão para o ato suicida se devia ao seu empregador. Reportagem publicada no dia 18/9 pelo jornal inglês Financial Times diz que há dois anos o sindicato dos empregados da France Télécom vem reclamando dos níveis intoleráveis de stress a que são submetidos os funcionários da empresa. Na França, assim como nos Estados Unidos, o suicídio de profissionais é uma questão que gera preocupação crescente nas autoridades – daí o executivo Didier Lombard ter ido dar explicação ao ministro do trabalho.

Há dois anos, o presidente da montadora Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, criou uma comissão para avaliar as causas de três suicídios ocorridos no espaço de quatro meses na montadora. Os incidentes se deram, segundo a empresa reconheceu posteriormente, pelo clima de tensão no ambiente de trabalho – produzir mais, com mais qualidade e a custos mais baixos. Tudo isso para dizer que hoje em dia é preciso se relacionar com o trabalho de forma mais saudável. No extremo, os desequilíbrios levam à morte ou atitudes desequilibradas como a do técnico suspeito de ter matado a estudante Annie M. Le. Os casos mais corriqueiros, no entanto, são de depressão, síndrome do pânico e infarto decorrentes do excesso de trabalho e pressão no dia-a-dia. Há diversas formas de aliviar essa tensão. Encontre um espaço na sua agenda e comece já.

Fonte: http://www.sportiva.com.br/noticias.html

terça-feira, 6 de outubro de 2009