domingo, 23 de maio de 2010

A fórmula do amor: teoria matemática explica por que os casais se separam


O pesquisador José-Manuel Rey, do Departamento de Análises Econômicas da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, criou uma teoria matemática para explicar por que tantos casamentos, que eram para durar para sempre, acabam em separação e divórcio. O estudo foi publicado no Plos One Journal Infomartion, jornal científico de publicações online de pesquisas, em 31 de março de 2010, e tenta encontrar uma explicação científica para as altas taxas de divórcios constantemente noticiadas nas mídias dos Estados Unidos e Europa. De acordo com a pesquisa, o número de divórcios já é considerado uma epidemia nos EUA, onde um em cada dois casamentos é desfeito. O mesmo acontece na Europa, onde as taxas de divórcios não são muito inferiores e em alguns países chegam a números muito elevados.

Segundo o pesquisador, as relações sentimentais, de natureza romântica, são consideradas um componente fundamental para uma vida equilibrada e feliz, principalmente nas sociedades ocidentais. Quando as pessoas são questionadas sobre o que elas acreditam ser necessário para a felicidade, a resposta sempre está relacionada ao amor, baseado numa relação matrimonial estreita. Mas, então, por que muitos casais se separam? Rey afirma, de acordo com a pesquisa, que a fase inicial dos relacionamentos românticos é controlada pelos processos químicos, e que o propósito de manter um relacionamento sentimental em longo prazo, como o casamento, pertence ao reino das decisões racionais.

Contudo, segundo o pesquisador, os casais geralmente afirmam a sua intenção de fazer seus relacionamentos durarem e serem felizes juntos, mas, na prática, não é isso o que acontece. Para Rey, existe um consenso entre estudiosos de diferentes áreas em atribuir o aumento da instabilidade conjugal, no início do século XX, principalmente em função das forças econômicas desencadeadas pela mudança sexual na divisão do trabalho, ou seja, o aumento significativo das mulheres no mercado de trabalho. Mas, para o pesquisador da universidade de Madrid essa mudança não explica a contínua e generalizada ruptura conjugal observada nas últimas décadas nos EUA e Europa. De acordo com a pesquisa, se isso fosse o real motivo para tantos divórcios, como explicar os casais que ainda permanecem juntos?

Para Rey, o fato é que a maioria dos casais se compromete a colaborar para que seus relacionamentos sejam duradouros, mas as altas taxas de divórcios representam uma contradição. E só a teoria matemática pode oferecer uma explicação consistente para o fracasso dos casamentos. A pesquisa de Rey, com base em dados sociológicos, propõe um modelo matemático, baseado na teoria do controle ótimo – que estuda a obtenção de soluções ótimas de sistemas que evoluem com o tempo e são suscetíveis a decisões externas -, para que o casal faça um planejamento racional de um relacionamento em longo prazo. Segundo o modelo matemático, a relação sentimental é considerada como um problema de controle ótimo, onde no início (tempo t = 0) os sentimentos dos parceiros estão em seu nível máximo, e eles se comprometem a fazer o que for necessário para assegurar um futuro longo em conjunto, por meio do casamento.

O problema é que, segundo o pesquisador, no estado inicial, o nível de sentimento de ambos os parceiros não está em equilíbrio exatamente porque o sentimento inicial de um para o outro é normalmente maior do que na fase do equilíbrio. E após o casamento, com o passar do tempo, o sentimento inicial de ambos os parceiros tende a desaparecer, podendo culminar com o divórcio. Somado a isso, as perturbações e os momentos de instabilidade da relação podem aumentar com o passar do tempo. Deste modo, a teoria matemática de Rey revela que duas forças trabalham em conjunto para facilitar o surgimento do processo de deterioração das relações sentimentais inicialmente previstas para durarem para sempre: os níveis de sentimento e o esforço variável dos parceiros para manter uma relação satisfatória e duradoura.

Portanto, se as perturbações e instabilidades aumentam e o relacionamento está seguindo uma trajetória decadente, é preciso aumentar o nível de esforço para restaurar a relação. A intensidade do esforço variável pode ser decidida pelos parceiros porque a natureza racional dele faz parte de uma variável de controle no cenário da teoria do controle ótimo. O casal precisa estar alerta para corrigir as perturbações e fazer o esforço necessário para recuperar o equilíbrio da relação. O pesquisador alerta que uma sequência de desatenções em relação ao esforço para manter o nível de sentimento num estágio satisfatório para ambas as partes é o início de uma pré-ruptura. Quanto mais tempo os parceiros levarem para reagir e corrigir os desvios, mais difícil será restaurar o sistema (a relação). Portanto, se o esforço for negligenciado por muito tempo, pode se tornar irreversível. E sem intervenção, o destino final das relações perturbadas é o desmantelamento do casamento.

Segundo Rey, uma quantidade considerável de casamentos infelizes relatou se encaixar no seguinte diagnóstico: a fase em que o apego emocional desaparece gradualmente corresponde à descrição da maioria dos divórcios. A questão, então, para o casal é como conceber uma política de esforço que garanta que o casamento vai durar e gerar satisfação para ambas as partes. De acordo com a pesquisa, isso pode ser alcançado pela segunda lei da termodinâmica: quando uma parte de um sistema fechado (parceiro) interage com outra parte, a energia (amor) tende a dividir-se por igual, até que o sistema alcance um equilíbrio térmico. Para o autor da pesquisa, o mesmo princípio vale para o casamento, isto é, é preciso encontrar um nível ótimo de sentimento e esforço variável entre os parceiros para garantir um relacionamento longo e satisfatório.

Em termos práticos, o autor do estudo afirma que o esforço variável é qualquer prática da vida cotidiana que serve como um reforço para o relacionamento conjugal. Os terapeutas, por exemplo, sugerem as seguintes ações construtivas: fazer perguntas, escutar ativamente, fazer planos em conjunto, além de atitudes tolerantes: aceitar as deficiências dos parceiros, respeitar a privacidade do outro e respeitar as diferenças de gostos e hábitos. Rey revela ainda que a forma típica do esforço é o sacrifício, os parceiros precisam se esquecer de um auto-interesse em prol de uma relação estreita e feliz! O pesquisador também acredita que essa compreensão é de suma importância, uma vez que a mudança social induzida pela ruptura conjugal afeta profundamente a estrutura social das sociedades contemporâneas, bem como o bem-estar de seus membros. Será que encontramos a fórmula do amor?

Leia na íntegra a pesquisa completa, em inglês!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Duelo de gigantes: o que está por trás do Quit Facebook Day?


Você vai sair do Facebook, maior rede social do mundo com mais de 400 milhões de usuários cadastrados, no próximo dia 31 de maio? Pelo menos é isso o que pedem Matthew Millan e Joseph Dee no site criado por eles, em função das recentes alterações feitas pelo Facebook na questão da privacidade na rede social. Revoltados com as alterações nas políticas de privacidade da rede de relacionamentos, eles estão promovendo a retirada em massa de usuários do Facebook.


Além disso, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que completou 26 anos no último dia 18 de maio, está assistindo a uma enxurrada de matérias criticando as mudanças nas políticas de privacidade da rede e como ele mesmo pensa e trata a questão. Segundo declarações do próprio Zuckerberg no Blog Tecneira , a questão da privacidade não é lá tão importante ou não é algo que ele realmente acredita, principalmente quando se trata de redes sociais na internet! Porém, para os usuários do Facebook a mudança tanto não agradou como não deixou muita opção: ou você permite total liberdade a sua página na rede de relacionamentos ou então restringe tudo!


Nas últimas semanas, a imprensa mundial também destacou matérias questionando a conduta e o caráter do fundador do Facebook, tentando com isso afetar a credibilidade dele e da sua rede de relacionamentos. Ex-funcionários deram depoimentos afirmando que a privacidade é algo que definitivamente Zuckerberg não acredita ser necessário, principalmente na web. E até um filme sobre sua vida está em fase de produção! Mas, será que é somente a questão da privacidade que está por trás da polêmica em torno do Facebook?


Certamente, não! A maior rede de relacionamentos do mundo incomoda muita gente e, principalmente, o Google, dono de outra rede de relacionamentos muito famosa no Brasil: o Orkut. Além disso, o fundador da rival Facebook, Zuckerberg, tem deixado claro que ele pretende suplantar a onipresença do Google na internet, ou seja, ele tem a imensa ousadia de querer que as pessoas deixem de utilizar o Google em suas pesquisas na internet e passem a fazê-las por outros meios: o chamado gráfico social - o que nossos amigos leem e visitam na web. Alguém duvida que ele possa conseguir?


Enfim, está declarada o que pode ser a maior guerra de marketing da história da internet: o duelo de gigantes: Facebook x Google (Orkut)! A disputa por milhões de usuários e pela onipresença na rede mundial de computadores está apenas começando. Definitivamente, o que esse duelo de gigantes prova é que - apesar de estarmos em pleno século XXI, a web ser uma mídia inovadora, a sociedade mundial clamar por uma nova ordem mundial e um mundo sustentável - as relações comerciais na internet (as empresas pontocom) continuam seguindo a velha lógica do capitalismo industrial: o conceito da "Mais-valia" de Adam Smith (o autor considera que o lucro é proveniente da oferta e da procura, ou seja, o lucro é criado pelo mercado). Então, quanto vale a nossa privacidade diante das oportunidades de lucro nesse mercado digital? Você quer mesmo que eu responda? Nada!

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Twitter revolucionando o jeito de "fazer política"


Ontem comemoramos o Dia Mundial da Internet e hoje fiquei feliz ao ler sobre a ideia "Adote um Vereador", por meio do twitter, segundo projeto elaborado por Milton Jung. Basicamente você escolhe um vereador para seguir pelo twitter e envia posts para ele sobre o andamento dos projetos em discussão, propostas de novos projetos e leis, e também você aproveita para fiscalizar como está a atuação do seu vereador na Câmara Municipal de São Paulo!



É isso aí! A internet está repleta de boas oportunidades e ideias simples e bacanas podem fazer uma grande diferença em todos os setores sociais. Se a gente sempre reclama que não tem tempo, por exemplo, para assistir uma sessão na Câmara e muito menos os canais legislativos e executivos, que tal acompanhá-los pelo Twitter? Agora a gente não tem mais desculpa para não participar de forma mais ativa na vida política do nosso país.



O problema é que muita gente simplesmente nem se lembra em quem votou nas últimas eleições! Fora isso, a internet deveria ser de fácil acesso, e de forma gratuita, para toda a população brasileira. Assim, muitas pessoas poderiam participar de iniciativas digitais como essa do "Adote um Vereador". Agora, vamos torcer para que mais câmaras municipais também entrem nessa e vamos acompanhar o trabalho deles!!! Estamos de olho!!!! Conheça o site do projeto!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dia Mundial da Internet


Pois é, nem parece mas hoje se comemora o Dia Mundial da Internet: a tão famosa rede mundial de computadores!!! Será que o tempo passou tão rápido assim? Ele voa mesmo e a cada segundo uma novidade pinta na web! A febre do momento é o twitter: essa ferramenta bacana que você posta uma frase de até 140 caracteres e os seus seguidores leem! Hoje mesmo tive uma experiência bacana no twitter: escrevi um post exatamente sobre o Dia Mundial da Internet e lancei uma pergunta: você viveria sem ela?

O mais legal disso é que minha conta do twitter é conectado com a minha conta no facebook, e aqui no meu blog também, e as pessoas, sem seguida, começaram a responder a minha questão no meu facebook!!!! É isso aí, essa é a lógica da rede mundial de computadores!!! Parece que você nunca está sozinho nessa imensa rede de bilhões e bilhões de sites... E não estamos mesmo, jamais!!!!

Bom, eu mesma decidi tambpem refletir sobre a minha questão e por isso entrei no meu blog para relembrar como a minha experiência com a internet surgiu!!! Tudo bem, isso já faz um bom tempo, ele passa mesmo!!!! Tudo começou ainda na universidade (UEPG), no ano de 1996, quando eu era bolsista do CNPq e desenvolvia um projeto de pesquisa sobre Mídia e Cultura. Naquele mesmo ano, tinha sido inaugurado o laboratório de internet da UEPG e somente professores e alunos pesquisadores tinham acesso ao local. Então, eu tive esse privilégio de começar a navegar e explorar essa tal de internet!!!!

Naquela época, nossa que engraçado, a gente não ouvi falar muito de MSN e nem do tão famoso e indispensável Google! Nossas pesquisas diárias eram feitos no Cadê e a gente falava com as pessoas de qualquer parte do mundo pelo famoso ICQ: aquele negócio maluco cheio de letras e número que mais parecia um código... Confesso que nunca entendi direito como aquilo funcionava e logo passei a usar o MSN!

Eu e a web realmente foi um caso de amor a primeira vista! Desde que comecei a usar para fazer as minhas pesquisas na universidade, eu não parei mais de usar. No ano seguinte, em 1997, eu terminei o projeto de pesquisa e já tinha que começar a pensar em outro para o ano seguinte: o projeto de conclusão de curso. De tanto navegar na internet, eu percebi muitos veículos de com unicação tradicionais indo se aventurar no mundo online. O UOL foi lançado em 1995 e alguns outros meios de comunicação ainda engatinhavam no universo online.

Mas isso serviu para despertar a minha curiosidade sobre o jornalismo online. Em sala de aula, nenhum professor do meu curso falava sobre o tema e a realidade da internet para eles e para os alunos ainda era algo como ficção científica!!! Lembro-me bem naquela época que muita gente era bastante cética em relação à web, muitos contra até e alguns que achavam que ela simplesmente não iria passar de um modismo qualquer!!! Ledo engano! Eu tinha absoluta certeza de que não e no último ano de faculdade desenvolvi meu projeto de conclusão de curso, onde fiz uma pesquisa sobre jornalismo online e a comparação entre as versões impressas e online de alguns dos mais importantes jornais do país, como a Folha de São Paulo.

De lá pra cá, muita coisa já mudeou na internet e muita coisa ainda vai mudar! E sinceramente eu já não posso viver sem ela. Consigo ficar sem meu celular, sem ver TV, sem ler um jornal impresso e sem ouvir rádio, mas sem navegar na rede mundial de computadores, de jeito nenhum! Hoje em dia é prático de mais ter uma caixa de e-mail, navegar em sites sobre o tema que você imaginar, fazer compras pela web, acessar a sua conta bancária ou simplesmente conversar com seus amigos pelo MSN ou pelas redes sociais!!!!

A internet mudou até o destino da minha profissão e deu o rumo para a minha carreira profissional. Depois da minha pesquisa sobre jornalismo online eu tive a certeza de que me especializaria em conteúdo para a web e que isso seria o meu futuro breve e atualmente é o meu presente a longo prazo!!! Apesar de tanta coisa inútil que existe nas mídias tradicionais e na rede também, eu dous os meus parabéns para ela!!!!

Se você também quer contar como é a sua experiência com a rede mundial de computadores, entra lá no meu facebook e comenta: clique

quarta-feira, 5 de maio de 2010